sábado, 26 de setembro de 2009

Versos meus II

Galáctica

A pálpebra pesada encortina um mundo só meu
É noite eterna nesse vale onde tu te insinuas
E enquanto a brisa diáfana acaricia-te a tez crua
Não desejo senão a eternidade desse gozo íntimo.

Teus passos não machucam a terra. Antes, nela
eternizam esses que ordinariamente te chamam pés.
No oásis dos fios negros que te emolduram a face
O assopro divino vem brincar e assinar sua criação.

No centro de teus olhos jaz o enigma de duas estrelas
Que faria vassalo o mais insensível e bruto dos seres
Que faria inveja à mais perfeita heroína romântica.

Vem, meu anjo! Vem te aninhar comigo neste vale.
Que durmamos o eterno e mais puro dos sonhos
E que meu amor seja o labirinto onde te perdes.
Fernando Sachetti

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