sábado, 20 de março de 2010

Ciência, Ética e Sustentabilidade

Seção: Você pode saber mais!
Dos 4 bilhões de dólares que no momento se gastam com pesquisas pelo governo, indústrias e universidades, somente 150 milhões – menos de 4% - se destinam ao trabalho criativo. A maioria absoluta das pessoas envolvidas na pesquisa, além disso, deve trabalhar em pesquisas nas quais não possuem autonomia alguma, e somente uma fração insignificante está em condições de fazer trabalho independente. Das 600.000 pessoas engajadas em trabalho científico, calcula-se que não mais que 5.000 tenham a liberdade de escolher os seus próprios problemas. (p. 85)
(...)
Isso não significa que só terão lugar no mercado de trabalho futuro – por exemplo, nos próximos 25 anos – trabalhadores altamente qualificados. Não se trata disso. A sociedade moderna sempre se caracterizou pela convivência de mercados de natureza distina e níveis tecnológicos altamente diferenciados. Haverá, durante muito tempo, lugar para trabalhadores com baixa ou média qualificação. Na agricultura. Na construção civil. Nos serviços de limpeza e de manutenção. Entre outros. Mas os postos de trabalho de pouca qualificação serão cada vez em menor número, cada vez mais exigentes em escolaridade, a remuneração cada vez mais baixa, relativamente, e os direitos trabalhistas cada vez mais restritos, tendendo, simplesmente, a desaparecer em alguns lugares da Terra. Noutros, não haverá problemas, porque esses direitos nunca existiram. (p. 102)
trechos extraídos do livro Ciência, Ética e Sustentabilidade (organizador: Marcel Bursztyn; Cortez Editora, 2001).

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